Sete dias no Tibet
A próxima parada é o Tibet e para chegar lá é preciso passar pela China (A China controla o Tibet, mas o Tibet não é China, isso vai ficar claro). Sim cheguei então país mais populoso do globo e eu precisava comprar uma passagem para chegar a Lhasa, a capital Tibetana, já era meia noite e teria que ir comprar no dia seguinte, acordei cedo e fui até a estação e me dei conta que não tinha mais passagens (era perto do Ano Novo Chinês, imagina mais de um bilhão de pessoas viajando no feriado mais importante do ano), ai bateu o desespero, eu precisava chegar no destino na data certa porque eu tinha um tour já pago e que não foi barato. Então aparece o grande Jin Lang e sua esposa, um jovem casal que estava por ali, viu meu desespero e decidiu me ajudar.
O cara ligou pra cidade vizinha para achar passagem, pediu pro sogro dele ir até a estação comprar pra mim, me deram uma jaqueta para enfrentar o frio, me compraram comida, me fizeram uma cartilha com frases essenciais em Chinês, resumindo eles foram meus pais na China e eu consegui pegar o trem enfrentando 46 horas de viagem e já avistando as paisagens local no planalto Tibetano em altitudes acima dos 5000 metros.
Primeiro impacto na capital, soldados me expulsando de dentro da estação, tive que esperar no frio e vento do lado de fora a chegada do próximo trem onde estavam o Serginho e o Bruno (dois amigos que também moravam na Austrália e estão fazendo uma viagem parecida com a minha, dêem uma olhada no blog deles www.mudandonossomundo.blogspot.com ).
Tudo acertado no hotel, depois de um leve descanso da longa viagem, fui dar um pulo na rua afinal era véspera do Ano Novo Tibetano, sai esperando uma bagunça como acontece no Brasil, mas longe disso, só vi uma leve queima de fogos de artificio e muito barulho de pessoas estourando rojões e buscapés, mas serviu para aprender a falar Tashi Delek (Feliz Ano Novo na língua local) e repetir milhares de vezes na noite e no dia seguinte.
No dia seguinte partimos para as cidades menores e menos "Chinalizadas", passando por estradas com vistas impressionantes como vocês podem ver pelas fotos e vendo diversos vilarejos onde os locais levam a vida muito similar como era a séculos atras, vi que eles tem vastos campos para agricultura mas que no rigoroso inverno fica completamente impossível de plantar e descobri que a cevada é o grão mais cultivado e que os Yaks (bois gigantes e peludos) serve para tudo leite, manteiga, animal de carga, arado, carne e até animal de estimação, e a base da alimentação local é isso Cevada e carne de Yak. Falando em cevada, tivemos a brilhante idéia de comprar um engradado de cerveja na saída de Lhasa, bebemos em 3 horas e combinando com a altitude que ia subindo mais e mais a cada momento, antes de anoitecer jâ estava com a maior ressaca que eu passei na minha vida.
Terceiro dia, na cidade de Shigatse, onde fica o monasterio Tashilhunpo, o mais legal que eu visitei, é praticamente uma cidade, onde ainda se vê alguns monges caminhando pelo local (coma dominação chinesa é cada vez mais raro encontrar monges) e locais peregrinando, os tibetanos vivem nessa região montanhosa e de elevada atitude, similar com as condições andinas na Ámerica do Sul, por isso parecia que estava caminhando na Bolivia e não seria surpresa aparecer um tiozinho tocando flauta e vendendo aqueles Cds.
Nesse mesmo dia fomos aproximando do Gigante Everest e perto de de Shegar o pequeno vilarejo onde dormimos avistei o Himalaia e no centro dele o topo do mundo.
A topografia é extremamente complicada e temos que subir e descer morros e montanhas, estradas sinuosas onde 40 kilometros leva mais de 3 horas, altitude variando constantemente entre 3000 e 5000 metros (5248 metros foi o ponto mais alto), o ar é rarefeito, inala-se uma, duas, três vezes e parece que o ar não vem, ficar parado cansa, pique de 10 metros te mata de cansaço (eu nunca mais vou achar que jogador faz corpo mole quando joga na altitude), temperaturas de -15 e ventando dando a sensação de estar ainda mais frio. Tudo isso eu acho que é o preço que a natureza te cobra para poder ver esse lugar incrível.
Quarto dia, as 4 ad matina partimos para o Monasterio Ronghpu, o mais alto do mundo, e de la foi o mais perto e era bem perto que chegamos do Monte Everest, impressionante, absurdo, do caralho, incrível, foda e muitas outras descrições foram gritadas nas horas que passei ali admirando e recebendo a energia de estar no topo do mundo.
Quinto dia ainda tentando recuperar o fôlego ainda o tour passa pelo lago Yamdrok-tso (que é na verdade uma represa) de água azul turquesa e que estava metade congelada, bonito demais, logo depois pelo lago Nam-tso tao bonito e azul quanto mas que passava uma tempestade de areia que fazia da paisagem ainda mais admirável, passa por uma geleira que esta meia descongelada (olha o aquecimento ae) e mais montanhas.
Sexto dia já em Lhasa, passo pelo templo mais importante do Budismo Tibetano, o Jokhan, onde os locais de espremem para rezar e ver uma estátua do jovem Buda. Depois o Potala Palace, a residência do Dalai Lama (que como quase todos sabem não mora mais no Tibet, desde que a China dominou o país em 1959), o palácio é imenso mas só algumas salas podem ser visitadas lá você tem claramente a situação do povo local, se vê como a China vai ao poucos estrangulando e matando a cultura local e imponto a sua, militares estão por todos os lado, armados ate os dentes (a imagem já é tão comum que armas de plástico é o brinquedo mais comum entre as crianças, mesmo as Tibetanas).
Sétimo dia, visita ao monastério de Sera, onde era a maior escola de monges, no passado mais de 5000 estudando por la, mas hoje menos de 500, mas uma tacada da China no seu plano de dominar por completo o território.
É triste ver uma colonização nos tempos de hoje, mas do outro lado a China trouxe estradas, luz, trem, desenvolvimento, que chegaram mais ajudar para os chineses que mudaram para o Tibet e são os patrões do que para os Tibetanos que trabalham por muito pouco mas mesmo assim ainda tem melhores condições do que no passado de vilarejos.
E la se foi mais um país, uma experiência e tanto.
Cabelinho da moda
Olhar de um povo sofrido
Pulando com o Lebowski
Tipo capa da National Geographic
Helena Meirelles do Tibet
É muita montanha
Olha o Gigante
Brasil e Corinthians no topo do mundo
Muita coragem enfrentar essa friaca de moto
Toda a rapaziada do tour
Yak, animal multiuso
Vestido para a quermesse
Pela estrada eu vou
Sol na cara
Tentou fazer o V de paz e amor
A porta da esperança
Mantras ao vento
Ahhhhhhh, eu cheguei la
Represa bonita né
Metade branca, metade azul turquesa
desgelo mapa mundi
Horas e mais horas de estrada
Tempestade de areia no lago
Amizade Tibetana
Uma eternidade no trem, tem q fazer amizade
Sr. e sra. Lang, meus pais chineses
O cara ligou pra cidade vizinha para achar passagem, pediu pro sogro dele ir até a estação comprar pra mim, me deram uma jaqueta para enfrentar o frio, me compraram comida, me fizeram uma cartilha com frases essenciais em Chinês, resumindo eles foram meus pais na China e eu consegui pegar o trem enfrentando 46 horas de viagem e já avistando as paisagens local no planalto Tibetano em altitudes acima dos 5000 metros.
Primeiro impacto na capital, soldados me expulsando de dentro da estação, tive que esperar no frio e vento do lado de fora a chegada do próximo trem onde estavam o Serginho e o Bruno (dois amigos que também moravam na Austrália e estão fazendo uma viagem parecida com a minha, dêem uma olhada no blog deles www.mudandonossomundo.blogspot.com ).
Tudo acertado no hotel, depois de um leve descanso da longa viagem, fui dar um pulo na rua afinal era véspera do Ano Novo Tibetano, sai esperando uma bagunça como acontece no Brasil, mas longe disso, só vi uma leve queima de fogos de artificio e muito barulho de pessoas estourando rojões e buscapés, mas serviu para aprender a falar Tashi Delek (Feliz Ano Novo na língua local) e repetir milhares de vezes na noite e no dia seguinte.
No dia seguinte partimos para as cidades menores e menos "Chinalizadas", passando por estradas com vistas impressionantes como vocês podem ver pelas fotos e vendo diversos vilarejos onde os locais levam a vida muito similar como era a séculos atras, vi que eles tem vastos campos para agricultura mas que no rigoroso inverno fica completamente impossível de plantar e descobri que a cevada é o grão mais cultivado e que os Yaks (bois gigantes e peludos) serve para tudo leite, manteiga, animal de carga, arado, carne e até animal de estimação, e a base da alimentação local é isso Cevada e carne de Yak. Falando em cevada, tivemos a brilhante idéia de comprar um engradado de cerveja na saída de Lhasa, bebemos em 3 horas e combinando com a altitude que ia subindo mais e mais a cada momento, antes de anoitecer jâ estava com a maior ressaca que eu passei na minha vida.
Terceiro dia, na cidade de Shigatse, onde fica o monasterio Tashilhunpo, o mais legal que eu visitei, é praticamente uma cidade, onde ainda se vê alguns monges caminhando pelo local (coma dominação chinesa é cada vez mais raro encontrar monges) e locais peregrinando, os tibetanos vivem nessa região montanhosa e de elevada atitude, similar com as condições andinas na Ámerica do Sul, por isso parecia que estava caminhando na Bolivia e não seria surpresa aparecer um tiozinho tocando flauta e vendendo aqueles Cds.
Nesse mesmo dia fomos aproximando do Gigante Everest e perto de de Shegar o pequeno vilarejo onde dormimos avistei o Himalaia e no centro dele o topo do mundo.
A topografia é extremamente complicada e temos que subir e descer morros e montanhas, estradas sinuosas onde 40 kilometros leva mais de 3 horas, altitude variando constantemente entre 3000 e 5000 metros (5248 metros foi o ponto mais alto), o ar é rarefeito, inala-se uma, duas, três vezes e parece que o ar não vem, ficar parado cansa, pique de 10 metros te mata de cansaço (eu nunca mais vou achar que jogador faz corpo mole quando joga na altitude), temperaturas de -15 e ventando dando a sensação de estar ainda mais frio. Tudo isso eu acho que é o preço que a natureza te cobra para poder ver esse lugar incrível.
Quarto dia, as 4 ad matina partimos para o Monasterio Ronghpu, o mais alto do mundo, e de la foi o mais perto e era bem perto que chegamos do Monte Everest, impressionante, absurdo, do caralho, incrível, foda e muitas outras descrições foram gritadas nas horas que passei ali admirando e recebendo a energia de estar no topo do mundo.
Quinto dia ainda tentando recuperar o fôlego ainda o tour passa pelo lago Yamdrok-tso (que é na verdade uma represa) de água azul turquesa e que estava metade congelada, bonito demais, logo depois pelo lago Nam-tso tao bonito e azul quanto mas que passava uma tempestade de areia que fazia da paisagem ainda mais admirável, passa por uma geleira que esta meia descongelada (olha o aquecimento ae) e mais montanhas.
Sexto dia já em Lhasa, passo pelo templo mais importante do Budismo Tibetano, o Jokhan, onde os locais de espremem para rezar e ver uma estátua do jovem Buda. Depois o Potala Palace, a residência do Dalai Lama (que como quase todos sabem não mora mais no Tibet, desde que a China dominou o país em 1959), o palácio é imenso mas só algumas salas podem ser visitadas lá você tem claramente a situação do povo local, se vê como a China vai ao poucos estrangulando e matando a cultura local e imponto a sua, militares estão por todos os lado, armados ate os dentes (a imagem já é tão comum que armas de plástico é o brinquedo mais comum entre as crianças, mesmo as Tibetanas).
Sétimo dia, visita ao monastério de Sera, onde era a maior escola de monges, no passado mais de 5000 estudando por la, mas hoje menos de 500, mas uma tacada da China no seu plano de dominar por completo o território.
É triste ver uma colonização nos tempos de hoje, mas do outro lado a China trouxe estradas, luz, trem, desenvolvimento, que chegaram mais ajudar para os chineses que mudaram para o Tibet e são os patrões do que para os Tibetanos que trabalham por muito pouco mas mesmo assim ainda tem melhores condições do que no passado de vilarejos.
E la se foi mais um país, uma experiência e tanto.
Cabelinho da moda
Olhar de um povo sofrido
Pulando com o Lebowski
Tipo capa da National Geographic
Helena Meirelles do Tibet
É muita montanha
Olha o Gigante
Brasil e Corinthians no topo do mundo
Muita coragem enfrentar essa friaca de moto
Toda a rapaziada do tour
Yak, animal multiuso
Vestido para a quermesse
Pela estrada eu vou
Sol na cara
Tentou fazer o V de paz e amor
A porta da esperança
Mantras ao vento
Ahhhhhhh, eu cheguei la
Represa bonita né
Metade branca, metade azul turquesa
desgelo mapa mundi
Horas e mais horas de estrada
Tempestade de areia no lago
Amizade Tibetana
Uma eternidade no trem, tem q fazer amizade
Sr. e sra. Lang, meus pais chineses
FÊ,
Fiquei muito emocionada com o relato da dificuldade que você teve de encontrar passagem de trem para o Tibet, e a solidaridade do Sr. Jin e sua esposa.Realmente eles foram "Pais" para você naquela situação tão desesperadora..."Filho" você tem muita "sorte" melhor "muita proteção divina".Adorei sua experiência no Tibet e as fotos estão demais.Vou fazer mais comentários, me aguarde.
Mãe
Que experiência maravilhosa!! Quando pensamos que ninguém nos ajudará aparece pessoas como o casal Lang, isso é fantástico, como disse sua mãe é ‘emocionante’.
Gostei do texto, bem relatado: com humor, um pouco de história e sua visão dos locais!!
O sacrifício para chegar ao Everest valeu à pena, as fotos ficaram incríveis, as criancinhas são um caso à parte, super fofas... A paisagem lindaaaa demais!!
Mais uma vez parabéns......!!
Até a Índia né..... rsrrsrs
Beijão!!
Imagens incríveis. Grande aventura!!
Mandouu muito bemm na camiseta q usou na montanha! hahahahahahah se cuida!!
Fê,
De volta ao blog,..adorei a foto "Pulando com o Lebowski" tá em forma rapaz...isto vai ajudá-lo, pois a viagem é longa...e tem muita estrada pela frente. A foto "Cabelinho da Moda"...que criança linda e os acessórios do cabelo e roupas bem coloridas...precisamos adotar está moda na nossa estação do inverno, durante o inverno usamos mais o cinza e o preto...e olha que ás temperaturas aqui, nem chegam perto das do Tibet.
Beijos e como sempre, me aguarde.
Mãe
Oi Felipe tudo bem? Pois é, estou aqui com sua mãe vendo suas fotos e lógico..... morrendo de inveja. Fotos fantásticas, cheias de emoção. Não preciso nem recomendar, que logo se vê que vc. está curtindo muito. Parbens e boa viagem.
Beijos
Nilza
Que jovis esses 'pais chineses'.... Que pequenos, que bonitinhos, que felizes....ai tô inconformada!!
Fê,
De volta ao blog...Gostei muito das fotos, mas hoje vou falar de uma muito especial.."Metade Turqueza/Metade branca" A paisagem perfeita e o especial é você de braços abertos respirando este ar limpo e puro...no centro do mundo...que leveza!!!quanta conquista!!!!!...quanta aventura!!!
Parabéns!!!!!
Beijos
Mãe
Fê,
Bem!!! De volta ao blog!!!!!
Adorei o nome escolhido para a foto "Mantras ao Vento".Realmente, você conseguiu transmitir através da foto...o som do Vento(Mantra) que brinca com o colorido das bandeirinhas!!!Nesta terra tão cheia de mistérios.
Beijos
Mãe
lindas fotos minerinho.. as vezes passo por aqui p ver q lugar do mundo vc esta!! te admiro pela coragem de fazer um role desse on your own....... good luck on the road!!!
mari santos
Felipe, adoreiiii, seus relatos estão melhores que do Zeca Camargo!!!
rs.as fotos lindas. voce já pensou que pra quem gosta de "aventura", não tem nacionalidade/raça, a identificação é imediata...digo isto no caso do casal, vcs. tiveram confiança.Continue aproveitando. depois escrevo mais.bjs.
Fê,
Adorei o comentário da Alice, e concordo!!!
Se o fantático passear pelo seu blog...O Zeca Camargo...corre o risco de ser substituido.rs.rs.
Beijos
Mãe
Felipe!Que linda viagem voce esta´fazendo. Suas fotos são artísticas!! Revelam a identidade do local e proporcionam emoção para quem as vê. Sua mãe me falou do blog, e resolvi fazer um comentário. Utilize esse seu olhar artístico para continuar trabalhando com esse tipo de informação visual.
Um grande beijo
Maria Angélica
oi felipe!! sou amiga do serginho e achei suas fotos o maximo!! fiquei curiosa pra saber qual camera e lente vc ta usando. se tiver um tempinho pra responder vou ficar feliz!! beijao e boa viagem!!
Filho tenho lido seus comentários e devo admitir que revelam uma personalidade mais sóbria se comparada com a da partida e isso já ocorre mesmo durante a travessia.
Tenho acompanhado sua aventura na tela e no coração.
Você sabe que um Ipod pode fazer falta, mas o pior mesmo é perder as músicas, as imagens e as mensagens.
Beijão
Pai
Oi Felipe, Bela viagem!
Estamos também numa longa trip pela Asia (atualmente no Vietnam) e queremos logo mais entrar na China e seguir para o Tibet. Gostaríamos de umas dicas tuas, se possível...
Pelo o que escutei, Tibet só através de excursão. É isso mesmo? E qual é a cidade ideal na China para contratar um tour desses? E quanto custa?
Agradecemos se puder responder... Valeu!
Beto e Deise
brejeiro-2010@yahoo.com.br
Ah! Temos um blog também, se quiser dar uma olhada:
www.gentedomundo.blogspot.com