Índia II - Explorando a terra dos Rajs

Passada a divisa, novamente em terras Indianas, tenho que encontrar a melhor opção para chegar até a capital, Nova Delhi e a minha escolha não foi acertada, peguei um ônibus, fileiras de 5 cadeiras de plástico (mais de 70 assentos), sem lugar para colocar minha bagagem que teve que ir no meu colo a maior parte das 15 horas de viagem e poeira, muita poeira, tive que lavar o rosto 4 vezes para tirar quilos de poeira/areia da cara.
Chego em Delhi e vejo uma cidade caminhando para o desenvolvimento mas isso acontece de maneira desordenada, obras por todos os lados mas não se vê trabalhadores qualificados, parecem famílias fazendo trabalho voluntário, tudo isso porque em outubro ele vão receber os Jogos da Commonwealth (jogos das nações que fizeram parte da comunidade britânica) que são o terceiro maior Jogos de múltiplos esportes do mundo e eu duvido que tudo estará pronto até o início.

Um ponto comum nessa parte do país a cidade apresenta um Forte, que não tem nada demais mas foi foi declarada da Independência da Índia frente ao Reino Unido em 1948, um personagem de destaque nesse episódio foi Mahatma Gandhi, figura conhecida por pregar a não violência, mas acabou assassinado logo depois que o país se viu livre do Reino Unido, alias ser Gandhi e líder do país não era boa idéia, Indira Gandhi (sem parentesco algum com o Mahatma) foi morta quando era primeira ministra, seu sucessor Ravij Gandhi (esse sim parente, filha da Indira) também foi assassinado. Essas matança toda por causa de diferença religiosa, deveriam aceitar que nem todos pensam igual, um bom exemplo é o Templo de Lotus, uma bela construção que prega a filosofia Ba-hai, de aceitação e incorporando elementos de diversas religiões.

Já era tempo de sair da bagunça de Delhi e fui desbravar o Rajastão, a terra dos marajás e do calor, imagina um lugar quente, agora adiciona outros muitos graus, vai chegar perto do que estava por lá. A primeira cidade foi a capital Jaipur que é conhecida como a cidade cor de rosa e não tem nada a ver com a turma do Morumbi não, é só a coloração que predomina as casas por lá, o povo Rajastani é famoso pelo o uso dos turbantes, ostentndom um bigode de respeito e são os mais amistosos que encontrei na Índia. Jogo rápido fui para a segunda cidade, Jodhpur, essa ainda mais agradável e com um forte/palácio sensacional, a cor que domina essa cidade é o azul, diz a lenda que a cor da uma amenizada da temperatura e ainda funciona como repelente natural, só o dono da pensão que eu fiquei que não sabia disso e não pintou sua propriedade, calor e mosquitos estavam por lá.
Para finalizar o mês indiano em grande estilo foi a Jaisalmer, cidade bem menor que as outras e com um forte habitado diferentemente dos outros, oferece menos que os outros mas está localizadoperto do deserto de Thar e encarei 2 dias em cima de um camelo uma experiência incrível, visitando vilarejos onde eu ainda não sei como o povo consegue sobreviver numa região seca, onde nada cresce e água é coisa rara apesar do calor beirando os 50 graus. O pôr do sol no deserto que deveria ser dos mais bonitos não deu pra ver por conta de uma tempestade de areia e o céu mais estrelado que eu teria visto também não apareceu, só consegui ver trovões e por fim chuva, sim, choveu, segundo o guia fazia quase 3 anos que não chovia nessa região, 1000 dias e chove justo no dia que eu vou, azar? Claro que não, muita sorte, água é o que esse povo mais precisa e uma chuvinha já é uma ajuda.

Ai acaba meus dias na Índia, uma país gigante que em 30 dias visitei muitos lugares, mas não cheguei a ver nem 10%, precisaria no mínimo 6 meses, mas a viagem segue, agora é Turquia, um pé na Europa e outro na Ásia.


Entrada do Forte em Delhi


Praticamente uma Boy Band indiana


Pequeno local e seu catavento


Todo o profissionalismo de um pedreiro indiano


Eu e o Grande Gandhi


Proibido nadar

Até o corvo precisa de sorvete nesse calor

Templo Lótus

O palácio dos mil espelhos em Jaipur


Alegria enquanto estrangula os colegas


Uma porta no Forte em Jaipur



1 kg de turbante

Pobre macaco com cárie

Bigode estiloso


Todo mundo quer uma foto com o turista do Brasil

trilha sonora no Forte de Jodhpur

um dia minha barba chega lá


A tal da cidade azul

Levanta a poeira e dá um empurrãozinho


É muita alegria

Tio Mineiro

Mais pimpolhos em Jodhpur


O Forte de Jaisalmer a noite


A trupe do deserto


Vidas Secas 1


Vidas Secas 2

Vidas Secas 3


Dunas do deserto de Thar


Toda a pinta de beduino


Cozinha improvisada, comida excelente

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Video do Tibet

Demorou mas chegou, está ai o video editado pelo Bruno e pelo Serginho http://mudandonossomundo.blogspot.com/ o ponto alto da viagem até agora.


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Nepal: Voltando no tempo

Depois de ter ficado a menos de 10 km da divisa quando estive no Tibet e não atravessr, finalmente estou no Nepal após uma viagem de 26 horas incluindo trem,  ônibus e jipe, cheguei em Kathmandu.
País de algumas peculiaridades a começar pelo fuso horário com a Índia, que é igual ao fuso do rádio relógio do meu quarto e o do relógio do microondas na cozinha, apenas 15 minutos, a segunda é o calendário, quando cheguei era vespera de ano novo, o ano 2067 por aqui.
"Pode confiar que aqui é diferente da Índia" foi o que eu mais ouvi nos primeiros dias, uma injustiça com o vizinho gigante, mas é verdade que eu achei o povo nepali mais amistoso que os indianos, embora seja um erro generalizar. Na terra onde nasceu o primeiro Budha, (Siddartha Gautama), o Budismo é coisa rara, com o Hinduismo sendo esmagadora maioria, mais que em qualquer outro país do globo.

Pelas ruas de Kathmandu comecei a me sentir no passado, estreitas vielas e a arquitetura, principalmente na área chamada Dubar, onde era a parte central do reino, contruções antigas ainda preservadas e diversos templos hindus com quase 1000 anos (Nepal não era uma unidade e sim diversos reinos e vilarejos, isso explica as centenas de linguas faladas em um país do tamanho do Estado do Ceará). Na região eu visitei também Patan, a mais antiga também com uma Durbar interessante e até um templo Budista entre os vários hindus, a terceira Durbar foi em Bhaktapur, a mais interessante e que segue varias tradições e dei sorte que no dia da minha visita acontecia o encerramento das comemoracões do ano novo, onde uma Carruagem de madeira é puxada pelos locais pelas estreitas ruas da cidade, por um momento achei que iria ser pisoteado pela multidão, mas sai de lá vivo.

Esses diversos reinos se uniram e nasceu o Nepal 1768, sendo uma monarquia, que não funcionou muito bem, o país é dos mais pobres do mundo, a infraestrutura é precária, por exemplo nos 290 km da divisa com a Índia até Kathmandu demora quase 12 horas, embora tenham a segunda maior rede hidrográfica do mundo logo depois do Brasil (todo mundo me dizia isso logo depois de eu dizer minha nacionalidade) a eletricidade é escassa e metade do dia fica sem sem fornecimento, mas o povo é claro não estava feliz e brigou contra a monarquia e em 2008 o rei abriu mão do seu posto e o país virou uma República Democrática, espero que melhores tempos venham por ai.

Por último tive que passar um dia na imigração para voltar para a Índia, pois precisaria de um novo visto, tudo deu certo no final e lá se foi meus dias no Nepal, pouco tempo e deixei de visitar varios lugares que o pais oferece, mas não vai ser a única visita, volto para completar o que fiquei devendo.


Nepali que é Nepali tem que usar o seu Dhaka Topi (o chapeuzinho)

 Criançada local gosta de correr e pular 1

Criançada local gosta de correr e pular 2
Criançada local gosta de correr e pular 3

Da-lhe prtoteção e boa sorte

Um Sadhu Rapunzel

Uniforme escolar em pleno Sábado

No medieval centro de Patan

Irmãos mal encarados de Patan

Pega a técnica para o telhado não voar

As cores de Pashupatinath

236 anos, em cada perna

Ruazinha de Bhaktapur

Uma praça de Bhaktapur

Templo inofensivo de longe

Mas de perto

Putaria comendo solta

Voltando para o século XVII

Um, dois, três e puuuuuxa
Velhinho em um templo Budista
Viva a simpatia
Igual a coração de mãe
A camisa do Viola 1995 usada por um local

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